UM FIM DE SEMANA COMPLETO

Há quanto tempo não conseguia ter um fim de semana COMPLETO. De acordo com o meu diário já fazia tempo desde que conseguia dois dias sem me molhar e com uma kilometragem decente. Quando por vezes pensava nos outros paises da Europa tinha pena deles, afinal de contas em Portugal tinhamos uns Invernos tão "mansos", tão simpáticos para a actividade ciclista. Falei demais, este Inverno tem sido "à séria", é para aprender a manter a minha boca/mente calada.
No sabado a duvida ainda pairava, uma rápida saída "à civil" mostrou abertas no ceu e às 9h30m estava em cima (no selim) da minha CAAD5 à espera do mano e da sua Colnago. Foi um "fartar vilanagem" com passagem em tantos locais que não me viam desde Novembro : Lourel, Pero Pinheiro, Negrais, Loures, Frielas, Sacavem.... Não é que as coisas estejam melhores; o lixo na estrada não desapareceu (não diluiu com a chuva !!) e os buracos no alcatrão não só cresceram como ganharam primos, irmãos e amigos ! O que é um facto é que não choveu e apetecia ficar mais tempo a pedalar.
Já no Domingo a saída de BTT foi calculada ao milimetro, saída com boas abertas e um tempo a cheirar a primavera e chegada ao carro com a chuvinha a cair. Com o lado direito de Sintra escalavrado pelo abate dos eucaliptos, fizemos um "tricot" pela esquerda da serra que nos deixou a todos com um sorriso de satisfação, só faltou mesmo o singletrack para a Malveira. Com a 29er a funcionar a 100% foi um "dar ao pedal" que nunca mais acabava.
Definitivamente um fim de semana em cheio e que contribuiu de forma muito positiva para a kilometragem do ano.

Ate onde vais com 1000 euros

Por brincadeira comprei o livro do Carlos Carneiro e do Jorge Vassalo e é impressionante o que a força de vontade e um par de rudimentares biclas nos leva. Sendo eu um "bike-geek" tenho de me curvar perante as capacidades da Mikelina e da Penelope (as duas bicicletas), duas humildes btt's que já viram mais mundo que a maioria das Specializeds, Giants e outras que tais, que se pavoneiam nas matas e pinhais deste país. Para quê XTR, XT ou mesmo Deores quando se vê até onde vão estas heroinas. Já nem vou discutir sobre as suspensões Marzochi ou Fox, pois a deles é um garfo de aço. Como de aço é o quadro.
Escrito de uma forma muito agradável mostra-nos o que podemos fazer se levantarmos a "bunda" do sofá e nos lançarmos por "aí fora" . Não é preciso grandes orçamentos, grandes conhecimentos de mecanica, nem grandes bicicletas. è preciso é vontade de sair, de conhecer e de viver. Para eles, que nunca irão ler este post, o meu muito obrigado. Pelo menos enquanto não fizer a minha modesta viagem anual divirto-me a viajar com eles.

Começou a preparação

Com as datas dos exames definidos ontem dei inico aos preparativos para a viagem de 2009. Volto, com o Quico, a Espanha e iremos fazer a quase totalidade da VIA DA PLATA. Seguindo a via romana a partir de Mérida é nossa intenção chegar a Astorga no final da semana, uma jornada com cerca de 600 Kilometros em trilhos.
O percurso será feito por etapas que já estão delineadas, precisando agora de confirmação final. Esta confirmação dependerá do alojamento que conseguir confirmar. Para este percurso levaremos BTTs e iremos em total autonomia, quero com isto dizer que não há veiculo de apoio e cada um de nós leva uma mochila. A opção de levar mochilas em vez de panniers visa dar-nos maior mobilidade e permite disfrutar melhor os trilhos a percorrer.
Para esta viagem levo mais dois membros sendo um deles meu irmão e o segundo um colega de trabalho Espanhol.

Racing in the Streets

No Sábado ao subir ritmadamente para a Azoia entrou-me nos ouvidos uma musica do Springsteen que dizia :
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Some guys they just give up living
And start dying little by little piece by piece
Some guys come home from work and wash up
Then go racin in the street

Tonight tonight the strips just right
I wanna blow `em all out of their seats
Calling out around the world
Were going racin in the street.

.....

A única coisa que pude fazer foi sorrir, levantar-me do selim e sprintar até à curva seguinte !!

Estranhos à Casa

Ontem ao pedalar em Sintra fui empurrado para onde não queria e foi pena. Depois de uma primeira parte feita na base da serra preparava-me para subir quando o percurso que tinha delineado foi interrompido. Não foi interrompido pela falta de força ou vontade, foram fitas vermelhas que interditavam a passagem e preveniam a existencia de "jogos de guerra", bem como negavam a passagem a "estranhos à casa".
Bem sei que é propriedade privada e como tal o direito de impedir a passagem é válido, aliás foi por isso que dei meia-volta e fui à procura de outros trilhos. Mas é triste, não só porque aquilo que praticamos (cross country) não estraga ou polui como é um desporto são, cultivando em todos nós a endurance, a força de vontade e a persistência. É pena quando somos "despejados" para dar lugar a "jogos de guerra", será que não chega a violência que diariamente jorra dos "media", será que ainda temos de a ir cultivar e desenvolver ao fim de semana ?
Gostaria de dizer que melhores dias virão, sinceramente tenho sérias dúvidas que isso aconteça. Aliás penso mesmo que o acesso aos trilhos terá tendência a piorar, em breve teremos de fugir para paragens bem distantes quando quisermos fazer BTT sem sermos considerados "estranhos à casa" e "interditados de circular".